2 Ag. 2010, 2ªf

8h 15min

No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro - Luanda
Antes do check in

   Estou neste momento à entrada do aeroporto de Luanda, com vista para a rua, sentada em cima da mala devido à falta de bancos e ao facto de estarem todos ocupados. 
   Aparentemente parece que sou a única a fazer transito de Lisboa para Windhoek... o que penso que pode ter suscitado algumas questões...
   Vou recapitular o que se passou nas últimas 8 - 9 horas:

   Saí do aeroporto de Lisboa com um ligeiro atraso de acordo com o que o comandante anunciou.
   Foi a primeira vez que viajei num avião em que havia uma pequenina televisão táctil na parte de trás de cada banco e permitia escolher vários filmes, ouvir música ou ir seguindo a viagem. 
   Comecei por ver o filme Date Night e fiz uma pausa a meio para jantar. Fiquei surpreendida com a refeição que serviram! Estava habituada a ter sempre direito a sandes quentes como servem na TAP. A TAAG surpreendeu-me. O jantar foi uma salada de tomate, queijo e azeitonas (2 pedacinhos de cada claro) e frango com arroz e legumes cozidos. Também se podia optar pelo prato de peixe que era bacalhau. Além disso, tive como sobremesa uma tacinha de mousse de chocolate e tostas e um pedacinho de queijo. 
   Depois de acabar o jantar, ia eu continuar a ver o meu filme quando o senhor que ia no banco ao lado do meu decidiu meter conversa. Acabou por contar a história da vida dele e ainda fez uma previsão do seu futuro. Portanto, a conversa foi bem longa! 
   Além de ficar a saber a história do senhor, ele também estava interessado em saber o que é que eu estava ali a fazer. Ao início tive um bocado de receio em dizer que ia fazer voluntariado para uma reserva de animais, porque me tinham dito para não dizer, à entrada do aeroporto da Namíbia, que ia fazer voluntariado porque isso podia ser mal interpretado e podiam entender que eu ia trabalhar para lá e depois não me deixavam entrar. Por momentos pensei que fosse uma armadilha e já me imagina como a Bridget Jones na prisão... Mas lá acabei por falar normalmente com o meu companheiro de voo! Com o barulho que estava no avião e com o cansaço que começava a sentir, não conseguia ouvi-lo bem muitas vezes e, por isso, acho que ele ficou a pensar que eu devia ser um bocado surda. Ainda por cima, a uma dada altura ele estava a falar da faculdade e eu entendi que ele estava a falar do filho. Então decidi perguntar-lhe pelo filho... Ele respondeu que não tinha filhos! (Deve mesmo ter pensado que eu era um bocado a dar para o surda...!)
   Achei graça porque ele disse que tinha 30 e tal quase 40 e perguntou-me se eu tinha 20 e poucos. Eu disse-lhe que sim, mas eram 20 e poucos mesmo perto dos 20 e poucos. Então ele disse-me que tinha 30 à volta de 30 (não sei o que aconteceu aos 40 iniciais...).
   Mais para o fim, eu já estava com tanto sono que adoptei a estratégia de dizer que ia a casa-de-banho para ver se ele adormecia enquanto eu estava ausente. Claro que podia ter tentado pedir de forma educada para se calar só um bocadinho... Mas tive receio de ser mal interpretada. 
   À parte disto, o meu companheiro de voo deu-me alguns avisos relativamente ao aeroporto de Luanda e, como pude constatar mais tarde, foram bons avisos.
   Chegada ao aeroporto, já em terra, depois de preencher o questionário de entrada e o entregar no balcão, o funcionário começa por perguntar pelo visto. Eu tinha-me informado que não era necessário visto porque só estava em transito e porque era por um período menor que não sei quantos meses e porque... Foi um pouco complicado chegar a um consenso, tarefa que envolveu mais alguns funcionários, mas lá conseguimos. 
   Como era transito andei sempre acompanhada por um funcionário do aeroporto. Mandou-me ir buscar a mala apesar de eu lhe ter dito que em Lisboa tinham metido para ir directamente para Windhoek. Ainda bem que ele o fez. Lá estava a minha mala a andar à volta. De facto, fiquei muito mais descansada por ter a minha mala ali comigo.
   O meu passaporte passou pelas mãos de uns quantos funcionários e acabaram por ficar com ele, dizendo que me davam quando fizesse o check in, por ser transito. Fui conduzida até à entrada do aeroporto e ali fiquei. Penso que naquele momento já todos os funcionários do aeroporto sabiam que eu era o transito para Windhoek.
   
   Agora estou à espera das 11h para fazer o check in e reaver o meu passaporte.

1 comentário:

  1. Lol, mt bom
    Quanto à comida nada mal, também comi arroz de frango no regresso da viagem deste ano tanto como a do ano passado, mas mesmo assim era diferente, como sabes fui pela Orbest. Qt aos ecras em cada banco, ainda nao tive essa sorte so um "grande" ecra pa varias filas que apenas passa 2 filmes por viageme pronto os gostos de tds nunca sao iguais e quem escolhe os filmes é a comissão de bordo... penso eu. Este ano para mim os filmes tinham algo a desejar... lol. Quanto ao senhor que estava ao teu lado ainda bem que td correu bem e nao como a Bridget Jones lol Ana M.

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