14 Ag. 2010, Sáb.

Viagem a Etosha!

Primeiro dia: Windhoek-Okaukuejo

   O marido da Monique, também trabalha em Naankuse, deixou-me no escritório dos Wild Dog por volta das 7.30 da manhã. No carro também ia a Monique e o filho. Eles já foram a Etosha à volta de umas nove vezes e garantiram-me que eu ia adorar, que ia ver imensos animais e, que se tiver sorte, consigo ver leões  e rinocerontes, e, se tiver ainda mais sorte, até consigo ver leopardos... Por isso, fiquei desejosa de ter sorte!

   Depois de tratar dos pagamentos das viagens de 3 dias Etosha e 3 dias Sossusvlei, fui tomar um cafezinho. Eles tinham lá uma mesinha onde dava para tomar um chá, um café,... 

Office dos Wild Dog

Bus onde fomos até Etosha

   Por volta das 8h saímos do office dos Wild Dog a caminho de Etosha!

   O bus é conduzido pelo nosso guia, Lance (se não estou em erro, confesso que sou péssima com nomes!). O assistente chama-se Linus. Nós, "os turistas", somos 13: quatro americanos, sete alemães, uma francesa e a portuga (eu!).
   Comecei a registar a paisagem com a minha máquina fotográfica, porque durante todo o caminho se foram vendo montanhas. De vez quando, víamos baboons ou warthogs (para mim, mais conhecidos por Pumbas) à beira da estrada.

Paisagem a caminho de Etosha

Paisagem a caminho de Etosha

   Na primeira cidade onde parámos, parámos junto a um supermercado. O objectivo da paragem foi mesmo para fazer compras. Aproveitei para comprar fruta (maçãs), um iogurte, umas barrinhas de cereais, um chocolatinho (foi má ideia porque derreteu todo durante a tarde!) e um garrafão de água. Fica mais barato comprar o garrafão no office dos Wild Dog, mas quando tentei comprar já não havia. Reparei que o nosso guia também foi fazer compras de materiais para as nossas refeições.
   Seguimos viagem. Parámos duas vezes numa área de serviço e, só voltámos a parar, para almoçar por volta das 13h.
   Ao longo da estrada vão aparecendo mesinhas para fazer piqueniques.

   O guia e o assistente prepararam o almoço. Estava agradável. Foram umas sandochas com queijo, salsicha, pepino, tomate, pimento... cada um fez a combinação que mais lhe agradava.
   Durante o almoço fui metendo conversa com algumas pessoas, comecei assim a saber de onde é que cada um é, o porquê de estarem ali, o que fazem...

Preparação do primeiro almoço a caminho de Etosha

   Continuámos viagem, passámos por uma cidade onde umas mulheres todas pintadas de vermelho tentavam fazer negócio vendendo pulseiras e colares (tenho pena de não ter conseguido nenhuma foto, mas não fui suficientemente rápida), até que... chegámos a Etosha!
   Estávamos ainda no início da estrada, já dentro de Etosha, quando tivemos um belo cartão de visita: as primeiras zebras...

Burchell's zebra (diferente das zebras de montanha)

Burchell's zebra

... e as primeiras blackfaced impalas.

Blackfaced Impala

Blackfaced Impalas

    Um pouquinho mais à frente encontrámos kudus jovens.

Kudus jovens

   Avançando mais um pouco, passámos junto a um waterhole seco. Consegui ver helmeted guineafowl (uma espécie de galinha... vulgo pita Africana) e o primeiro springbok.

Helmeted guineafowl e Springbok

    Pouco depois, apareceu um passarão bem grande. Tenho de descobrir o nome...

   Prosseguindo viagem, deparei-me com mais uns springbok.

Springbok

   Mais à frente, conseguimos avistar uma avestruz e springbok mais ao fundo.

   Já estava contente com os animais que já tinha visto. Não fazia ideia que ia logo deparar -me com tantos.
   Finalmente, chegámos a Okaukuejo. Se eu já estava contente, ainda fiquei mais contente! Estávamos à entrada do parque, à espera para entrar, e alguém veio falar com o nosso guia. Ele deu-nos então a boa nova. Disse que no waterhole estava um grupo grande de elefantes! Aconselhou-nos logo a ir para lá e  disse para não nos preocuparmos que ele tratava do resto. O assistente conduziu-nos até lá e, aí sim, é que fiquei mesmo muito feliz!

Waterhole em Okaukuejo

   Adorei os elefantes pequeninos!
   Passado um bom bocado apareceu o guia e sugeriu que fossemos montar as tendas e arrumar as malas. Fomos então tratar do nosso acampamento e, depois de tudo preparado, fui tomar banho. Os chuveiros em Okaukejo são bastante confortáveis, têm lugar para pôr a roupa, são individuais e bem fechados, o que é bastante bom para manter o calor lá dentro. Além disso, há tomadas eléctricas na casa-de-banho que vão de 240 a 270 V. Devia ter trazido o meu secador de cabelo! Em Naankuse, na casa-de-banho, as tomadas são de 240 V e, tive o azar, de trazer um adaptador de 250 V...! Logo, não consigo usar o meu secador, tenho de ir pedindo emprestado. Na cozinha tenho tomadas de vários tipos e "normais" porque não é necessário usar nenhum adaptador, mas não queria estar a ir para a cozinha para secar o cabelo...
   Como ainda faltava tempo para o jantar, eram 17h, tentei regressar ao waterhole. Digo tentar porque, não sei muito bem como, perdi-me dentro do parque de campismo! Aquilo não é assim tão grande, mas consegui perder-me! (Devo ter sido a primeira...!) Não encontrava o waterhole e, mais tarde, percebi que tinha ido mesmo na direcção oposta. Talvez o problema tenha sido mesmo esse, enganei-me logo ao início.

   Quando dei por mim, vi uma casa grande ao fundo que me pareceu ser um lugar tipo restaurante ou loja do parque... Decidi seguir em frente para averiguar do que se tratava... lá ia eu com a minha lanternazinha a iluminar o caminho... quando ouvi, do lado de fora da vedação, o barulho de um animal! Não consegui identificar o que era, mas decidi ir para a parte da estrada o mais afastada possível da vedação. Imaginei logo que do outro lado estava um grande rinoceronte preto e que iria investir contra a vedação (porque tinha ouvido dizer que os rinocerontes apareciam durante a noite). Cheguei a apontar a minha lanterna, que perante um rinoceronte iria parecer minúscula, mas não consegui identificar nada... Provavelmente, era um chacal!

   O sol já se tinha posto quando, finalmente, cheguei ao waterhole, mas ainda havia uma luzinha. Alguns elefantes ainda se encontravam por lá, mas muito menos.

   Jantámos por volta das 19-20h, já estava escuro. Desta vez, já não me enganei no caminho porque fui acompanhada pelo casal de americanos. Afinal o caminho do nosso acampamento ao waterhole é muito fácil! É só seguir em frente, na diagonal! Mesmo assim, quando tive de voltar ao waterhole, depois de jantar, não conseguia dar com aquilo! Até meti os óculos para ver se via melhor... Acabei por vir com os americanos, de novo! Aliás, até a própria americana sugeriu que eu fosse com eles, de facto ela não devia estar a compreender porque é que eu estava a ter tanta dificuldade em fazer um caminho que é ir só na diagonal, sempre em frente...

   O jantar estava muito bom. Os guias fizeram carne grelhada nas brasas, tipo costeletas, pão de alho, umas aboborinhas gratinadas e batatas cozidas (estas dispensei). Estava muito bom! Finalizámos o jantar com um chá. 

   Depois de jantar, regressámos ao waterhole e conseguimos ver rinocerontes brancos. Tive uma grande dificuldade em conseguir tirar uma foto que não ficasse desfocada. Acabei por ficar sentada a observar os rinocerontes.