16 Ag. 2010, 2ªf

Etosha

Dia de regresso

   Ontem, ao final do dia, fiquei durante um bom bocado a contemplar o waterhole cheio de pássaros, a voarem como uma onda. Adorei aquele espectáculo.


   Quando voltei a olhar para o relógio eram quase 18h e lembrei-me que ainda não tinha arranjado pilhas! Tive de deixar o meu querido waterhole e fui procurar a loja. 
   As lojas e os restaurantes em Namutoni estão dentro de uma espécie de castelo todo pintado de branco. Confesso que este estilo não me desperta particular interesse, mas como era de noite também não deu para ver muito bem! Acho que, depois de ter visto tantas coisas belas pela Namíbia, como as paisagens, não é um castelo branco no meio da selva que me vai fazer pensar: "que bonito!". Mas, gostos não se discutem :)
   Entrei em três lojas, mas nenhuma tinha pilhas. Uma das lojas era de bijutaria. Achei logo que não era ali que ia encontrar pilhas mas, como precisava mesmo de pilhas, foi a primeira coisa que perguntei ao entrar na loja!
   A minha busca pelas pilhas não foi bem sucedida, mas a entrada nas lojas não foi em vão! Encontrei um postal de Etosha que achei bastante divertido, bem como uns autocolantes. 

Postal que comprei em Etosha
Autocolante
Autocolante
   Quando regressei das lojas ainda fui espreitar o waterhole, mas já estava mais calmo. Por isso, decidi que era hora de ir tomar banho, até porque o jantar ia ser às 19h. 
   As casas-de-banho em Namutoni também eram confortáveis. A zona dos chuveiros também era bem fechada, mantendo o calor lá dentro, e tinha espaço para pôr a roupa. 
   Quando regressei ao nosso acampamento, já todos estavam sentados à espera do jantar. Só havia um lugar vazio, que era o meu. Por momentos até pensei que já tinham jantado... 
   O jantar estava bom. Foi esparguete à bolonhesa. 
   Depois de jantar, ficámos sentados à volta da fogueira na conversa. O guia contou algumas histórias de safaris que já tinha feito. 
   Uma das histórias, foi sobre uma pessoa que decidiu dormir em cima do bus, ao ar livre. A meio da noite, acordou com umas coisas a caírem-lhe em cima. Ainda bem que só se lembrou de abrir os olhos, para ver o que se passava, e não se levantou. Um elefante estava a alimentar-se de uns ramos de uma árvore que estavam por cima do bus. Ela conseguiu manter-se calma e esperar que o elefante acabasse de comer. Assim que ele se foi embora, foi dormir para a tenda! O elefante nem reparou ou, se reparou, como a pessoa esteve sempre quietinha, viu que não representava perigo  e deixou-a estar ali. 
   
   Hoje, a alvorada voltou a ser às 5.30 h. O ritual foi o mesmo. Levantar, arranjar, arrumar as tendas e tomar o pequeno-almoço. Esta noite já dormi quentinha!
   Para o pequeno-almoço de hoje, o guia até fez ovos mexidos e bacon. Não estou habituada a comer isso  de manhã e era muito cedo. Por isso, ainda não foi desta que comi ovos e bacon ao pequeno-almoço!
  
   Pusemo-nos ao caminho e, por volta das 7.30, avistámos um grupo de quatro leões.

Os quatro leões
O pequeno-almoço dos quatro leões
   Um dos leões levantou-se e foi ter com uma leoa que se encontrava um pouco mais frente. Por isso, tivemos de ir dar a volta para os vermos mais de perto.


   Voltámos a encontrar um kori bustard pelo caminho.

Kori bustard
   Continuámos a nossa viagem, já de regresso mas ainda dentro de Etosha, e avistámos elands.

Eland
Elands
   Parámos num último waterhole onde se encontrava, dum lado, um grupo de zebras a beber água e, do  outro, um grupo de helmeted guineafowls.

Helmeted guineafowls
   Por volta das 8.30, apanhámos a estrada que vai dar ao portão de entrada do parque. Pronto, já estávamos a terminar a nossa viagem por Etosha. A uma dada altura o guia disse qualquer coisa que, para ser sincera, não consegui perceber, mas calculei que se tratasse de um animal. Comecei a ver toda a gente a olhar pelas janelas e o guia foi andando devagarinho. Eu também me pus a olhar pela janela. Não fazia ideia do que procurava, mas que estava a olhar, tal como todos os outros, estava. Olhei, olhei... de vez em quando olhava para o outro lado... Até que, uma pessoa lá da frente do bus, disse que tinha visto o tal animal! O guia não conseguiu parar, porque não ouviu logo, por isso continuámos a nossa pesquisa. (Eu continuava sem saber do que se tratava... mas continuava a procurar!) Até que, a senhora lá da frente voltou a avistar (sortuda!) e o guia, desta vez, já parou. Eis que vi o animal que procurávamos: Damara dik-dik! Um animalzinho pequenino e que, mesmo em idade adulta, continua pequenino. Se eu não soubesse, pensava que era uma cria.

   Lá estavam dois Damaras dik-dik, escondidos atrás de uns arbustos. Consegui tirar uma foto a um, mas muito escondido.

Damara dik-dik

   Na viagem de regresso a Windhoek, parámos num mercado de rua. Acabei por não comprar nada, porque nada tinha o preço apontado e era necessário regatear com os vendedores. Eles andavam atrás de mim enquanto eu andava a ver as coisas... Como não tenho muita experiência em negociar acabei por não fazer negócio... Talvez para a próxima. 
    Consegui ver mais umas montanhas da Namíbia.


    O marido da Monique foi buscar-me a Windhoek. No carro ia também uma rapariga Australiana que tinha acabado de chegar para ir fazer voluntariado em Naankuse.

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