6 Ag 2011, Sáb.
Hoje foi dia de levantar cedo, apesar de ser sábado. Tive pena que o dia estivesse cinzento e um bocadinho frio. Mas gostei do passeio, em particular, da ida ao mercado municipal.
O encontro para darmos o passeio foi no hotel Rovuma. Tive então de ir pela 24 de Julho, sempre em frente, e depois pela Av. Ho Chi Min… e sabia que, algures por ali, estava o hotel. Demorei meia hora a chegar lá, mas fiquei contente porque dei com aquilo à primeira.
O primeiro ponto de paragem foi a Catedral Nossa Senhora da Conceição. Quando entrei, vi uma fila de crianças e uma senhora à frente que explicava uma coreografia e eles depois repetiam enquanto cantavam. Fiquei curiosa, perguntei o que estavam a fazer e descobri que era a preparação para o baptismo. Achei muito interessante.
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Catedral Nossa Senhora da Conceição |
Preparação para o baptismo na Catedral Nossa Senhora da Conceição.
Seguiu-se o Conselho Municipal, a Casa de Ferro e o Jardim Tunduru.
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Conselho Municipal |
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Casa de Ferro |
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Jardim Tunduru |
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Jardim Tunduru |
No jardim havia umas árvores cheias de morcegos! E faziam imenso barulho.
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As quatro orelhinhas são dos morcegos (no Jardim Tunduru). |
Não são só os morcegos que por ali habitam... Parece ser um bom local para uma sesta, a árvore tem uma caminha com o formato ideal para repousar!
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No Jardim Tunduru |
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Zoom |
Uns txopelas passaram por nós ao longo do caminho:
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Txopela |
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Txopela |
Depois do jardim, alguém sugeriu ir comprar bolos a uma pastelaria que havia ali ao pé. Mas os restantes não demonstraram grande interesse, por isso não conseguiu levar a sua ideia avante (mas houve quem depois comprasse pastéis de nata no mercado! Devem ter ficado a pensar nos bolos… Mas não fui eu ahah Eu comi uma tangerina – muito saudável!). Continuámos então o passeio:
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Já perto do mercado municipal. Mas há pessoas a vender frutas, legumes, pão, chinelos, tudo e mais alguma coisa, ao longo das ruas. |
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Hora da barba! |
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No Mercado Municipal, na zona do peixe. Não confundir com o Mercado do Peixe, que esse é outro. |
Adorei visitar o Mercado Municipal e fiquei cheia de vontade de voltar lá para comprar frutas e vegetais e, talvez, mais alguma coisa. Adorei as ruas estreitinhas, pouco espaço para passar entre as bancas carregadinhas de vegetais, de frutas das mais variadas cores e feitios! Vi as anônas, vi papaias gigantes e amarelinhas com ar bem madurinho, vi bananas pequenas e quase rectangulares, laranjas, tangerinas, ananases, vi uns frutos grandes e redondos... A isso junta-se uma montanha de vegetais e amendoins e cajus e bancas cheias de malaguetas verdes, vermelhas, grandes, pequenas, secas, frescas,... Além das bancas, ainda penduram alguns produtos por cima em cordas. Cordas cheias de bananas pequeninas e quase rectangulares, os cachos todos em fila. Passei por bancas com sacos cheios de especiarias, das mais variadas cores - verde, castanho, amarelo, vermelho... e frascos cheios de molhos feitos com malagueta e especiarias.
Fiquei fascinada com a quantidade de cores que surgem no meio do mercado que é meio cinzento. Olhando uma vez, parece sombrio, com muito pouca luz, mas depois só se vê colorido por todo o lado!
As senhoras que estão atrás das bancas vão estendendo as mãos, mostrando malaguetas, uma alface, o que estiver na sua banca e vão fazendo promoção aos seus produtos para conseguirem algum freguês.
Percorremos a zona dos vegetais até ao fim e saímos para um corredor pequeno no exterior. Aí havia bancas a vender shampoos, desodorizantes, produtos de limpeza, sumos, leite, óleo...
Entrámos então na parte do mercado que vende peixe. Mas antes do peixe, há umas banquinhas a vender pão e bolos (até pastéis de nata). Avançando, surgem bancas com copos cheios de camarões secos pequeninos vermelhos e brancos; caixas carregadinhas de caranguejos, grandes e pequenos, cinzentos, alguns até pareciam ter lama na carapaça; peixes frescos enormes; peixe seco; ameijôas... A banca das ameijôas mereceu uma foto! Assim que as senhoras repararam que estávamos a olhar, começaram a gritar, a dizer para comprarmos, a bater com as ameijôas na bancada de cimento, até partiram umas ameijôas e estenderam a mão para mostrar o interior (até pensei se não estariam a dizer para provarmos...). Perguntei se podia tirar uma foto e a mais sorridente disse, a rir-se muito, que só em troca de refresco. Entendi e disse-lhe que tinha. Tirei então a foto e dei-lhe uma moeda e ela riu-se muito outra vez. De facto, arranjou uma boa forma de fazer negócio, basta deixar tirar a foto!
Depois da visita ao mercado, espreitámos a Casa do Elefante e fiquei fascinada. Paredes, praticamente do chão ao tecto, cheias de capulanas, dos mais variados padrões. Imensas cores e desenhos! Tanta variedade, que nem consegui escolher nada. Decidi que ia sonhar um bocadinho com elas, reflectir sobre as diversas cores e desenhos que vi, e voltarei a passar lá um dia destes.
A partir daqui fomos em direcção à Estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique.
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Estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique |
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À espera dos chapas à entrada da estação. |
A partir daqui fomos até ao mercado de rua onde já tinha ido com a Ana e que tem a tal senhora que faz malas com capulanas. Em seguida, visitámos a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Fizemos também uma passagem pelo "Red Light District". Claro que vimos as famosas casas Luso e Copacabana (de striptease), mas só de fora. Àquela hora estava tudo fechado e não se via ninguém por ali. Mas, parece que enche à noite!!
Almoçámos num restante ao lado do Zambi (acho que o Zambi é caro, mas disseram-me que a comida é óptima) que só faz batatas fritas, frango assado (e, supostamente, camarões, mas que não tinham) e salada. E, claro, chamuças! Mas, de frango! Foi o quarto tipo de chamuça que provei, desde que estou cá.