22 de Julho 2011
Saudações moçambicanas!
O voo correu bem. Dei uns quantos passeios dentro do avião e consegui esticar ligeiramente as pernas ao estar sentada, porque o lugar ao lado do meu estava livre.
Tendo em conta a minha anterior experiência no aeroporto de Luanda, estava com algum receio que levantassem problemas com o visto. Na realidade, não havia nenhuma razão para suscitar dúvidas em relação a me deixarem entrar ou não, porque eu tinha tudo em ordem. No entanto, pelo sim pelo não, decidi colocar um sorriso na cara, avancei, mostrei o meu passaporte e, em menos de um minuto, passei a fronteira!
Passo seguinte: “Será que a mala chega?”, “Vai chegar, claro que sim.”, “Em último lugar de certeza…” (de facto, chegou lá para o fim).
Enquanto o passageiro espera pela mala – no meu caso, uma mala verde alface (tendo verificado que existem mais malas verde alface, ao contrário do que eu pensava) – é lhe oferecido um lindo espectáculo de malas a caírem constantemente da linha onde vão passando. E para tornar o show ainda mais divertido…! Eis que surge um homem, por detrás das fitas que tapam a entrada das malas, a vir no tapete rolante! Com a função de sair do tapete e ir apanhar as malas que iam ficando pelo chão e voltar a colocá-las na linha. E depois, fez uma saída triunfante, indo contra o sentido em que o tapete rolante circula, desaparecendo por detrás das fitas!
Numa das suas entradas em cena, ele topou que eu tinha avistado a minha mala e perguntou-me qual era. Lá lhe indiquei e ele foi buscá-la ao outro lado do tapete. Agradeci e avancei para o passo seguinte (apesar de na altura não ter percebido o porquê de ele ter tido aquela atitude…).
Após esta etapa, pelo que tinha visto assim de relance, já só faltava passar com as malas num detector de metais (pensei eu) que tinham colocado à saída e estaria livre!
Olho com mais atenção… e vejo, junto ao pseudo “detector de metais”, cartazes da inspecção veterinária a dizer que qualquer produto de origem animal teria de ser declarado. Nesse momento, vi o meu rico chouriço e o meu queijinho de Azeitão a andarem para trás!! Agora é que era! Lá iam à vida! Não ia conseguir ficar com eles e lá se iam as minhas prendas (sim, eram prendas; não é hábito meu viajar com um chouriço e um queijo para matar a fome caso esta aperte… nesse caso, também seria necessário trazer uma pinguinha e um naco de pão para acompanhar)!
Enquanto pensava como me iria safar desta, aparece o funcionário que estava a ajudar as pessoas a meterem as malas no detector e pega na minha mala. Passando à frente das outras pessoas, meteu no detector, foi buscá-la ao outro lado e disse para o seguir. Ele fez aquilo tão rápido que eu até comecei a pensar que se calhar eu tinha dado a entender que tinha algo na mala e ele queria revistar. Segui-o rapidamente e assim que reparei já estava na zona de saída do aeroporto.
No final, ele queria dinheiro por ter feito aquilo (tal como o outro também devia querer por me ter ido buscar a mala ao outro lado do tapete)! Acabou por não levar nada porque quem me foi buscar, que já vive cá há dois anos e meio, sabe bem como lidar com estas situações. No entanto, ainda bem que o funcionário se lembrou deste golpe, caso contrário, lá iam o chouricinho e o queijinho à vida.
Saudações moçambicanas!
O voo correu bem. Dei uns quantos passeios dentro do avião e consegui esticar ligeiramente as pernas ao estar sentada, porque o lugar ao lado do meu estava livre.
Tendo em conta a minha anterior experiência no aeroporto de Luanda, estava com algum receio que levantassem problemas com o visto. Na realidade, não havia nenhuma razão para suscitar dúvidas em relação a me deixarem entrar ou não, porque eu tinha tudo em ordem. No entanto, pelo sim pelo não, decidi colocar um sorriso na cara, avancei, mostrei o meu passaporte e, em menos de um minuto, passei a fronteira!
Passo seguinte: “Será que a mala chega?”, “Vai chegar, claro que sim.”, “Em último lugar de certeza…” (de facto, chegou lá para o fim).
Enquanto o passageiro espera pela mala – no meu caso, uma mala verde alface (tendo verificado que existem mais malas verde alface, ao contrário do que eu pensava) – é lhe oferecido um lindo espectáculo de malas a caírem constantemente da linha onde vão passando. E para tornar o show ainda mais divertido…! Eis que surge um homem, por detrás das fitas que tapam a entrada das malas, a vir no tapete rolante! Com a função de sair do tapete e ir apanhar as malas que iam ficando pelo chão e voltar a colocá-las na linha. E depois, fez uma saída triunfante, indo contra o sentido em que o tapete rolante circula, desaparecendo por detrás das fitas!
Numa das suas entradas em cena, ele topou que eu tinha avistado a minha mala e perguntou-me qual era. Lá lhe indiquei e ele foi buscá-la ao outro lado do tapete. Agradeci e avancei para o passo seguinte (apesar de na altura não ter percebido o porquê de ele ter tido aquela atitude…).
Após esta etapa, pelo que tinha visto assim de relance, já só faltava passar com as malas num detector de metais (pensei eu) que tinham colocado à saída e estaria livre!
Olho com mais atenção… e vejo, junto ao pseudo “detector de metais”, cartazes da inspecção veterinária a dizer que qualquer produto de origem animal teria de ser declarado. Nesse momento, vi o meu rico chouriço e o meu queijinho de Azeitão a andarem para trás!! Agora é que era! Lá iam à vida! Não ia conseguir ficar com eles e lá se iam as minhas prendas (sim, eram prendas; não é hábito meu viajar com um chouriço e um queijo para matar a fome caso esta aperte… nesse caso, também seria necessário trazer uma pinguinha e um naco de pão para acompanhar)!
Enquanto pensava como me iria safar desta, aparece o funcionário que estava a ajudar as pessoas a meterem as malas no detector e pega na minha mala. Passando à frente das outras pessoas, meteu no detector, foi buscá-la ao outro lado e disse para o seguir. Ele fez aquilo tão rápido que eu até comecei a pensar que se calhar eu tinha dado a entender que tinha algo na mala e ele queria revistar. Segui-o rapidamente e assim que reparei já estava na zona de saída do aeroporto.
No final, ele queria dinheiro por ter feito aquilo (tal como o outro também devia querer por me ter ido buscar a mala ao outro lado do tapete)! Acabou por não levar nada porque quem me foi buscar, que já vive cá há dois anos e meio, sabe bem como lidar com estas situações. No entanto, ainda bem que o funcionário se lembrou deste golpe, caso contrário, lá iam o chouricinho e o queijinho à vida.
fosse vinho e passava!
ResponderEliminar(já me fizeste rir!)
e um bacalhau também podia entrar :)*
ResponderEliminarlool tão engraçado Leonor! Ainda bem que te foram buscar, se não lá tinhas de dar klk coisa ao senhor pela "ajuda"!
ResponderEliminarTens de por umas fotografias a ilustrar! :)
Beijinho!
Episodio fantastico o da mala... lol
ResponderEliminarQuando passei férias na Suiça, ficava a dormir num hotel em França, perto da fronteira e numa das vezes em que passei a fronteira, o "guarda" perguntou-nos se tinhamos "saucissons" (chouriços)...
Quando li a situação que se passou contigo, lembrei-me logo do que se tinha passado comigo quando fui à Suiça, enfim é este o nosso Mundo...
Bjs
Ana M.