25 Ag. 2010, 4ªf, Sossusvlei

 Viagem a Sossusvlei

Dia 2: (Agama - Duna 45) - Sossusvlei - Sesriem Canyon - Agama

   Uma parte do caminho até Sossusvlei foi feito a pé pelo meio das dunas, de modo a passarmos por Dead Vlei. Desci, pela primeira vez, uma duna a correr!


   Para mim, o melhor desta caminhada foi Dead Vlei. Subimos uma duna com uma inclinação bastante acentuada (custou a subir!) mas valeu mesmo a pena!

Dead Vlei
   A nossa caminhada já se encontrava no final, foi só passar mais umas dunazinhas pequeninas e tínhamos um carro à nossa espera para nos levar até Sossusvlei. Claro que, antes de entrar para o bus, tive de voltar a despejar a areia dos sapatos. Ou melhor, cada vez que descíamos uma duna, era necessário esvaziar os sapatos!
   Após este espectáculo das árvores mortas, não consegui achar Sossusvlei particularmente emocionante. Fiz um vídeo do que é Sossusvlei:



   Ao almoço, acabamos por confessar uns aos outros o que achámos de Sossusvlei e todos tivemos o mesmo pensamento: quando o guia disse que aquele local é que era Sossusvlei, todos pensámos que ele devia estar a fazer uma piada!

   Depois de almoço, que foi à base duns hambúrgueres no pão, seguimos para o Sesriem Canyon.


   Por volta das 16h regressámos ao parque e passámos o final da tarde a conversar à beira da piscina (mas não dentro da piscina, tendo em conta que, pela cor da água era impossível ver o fundo e que uma camada duma substância que não se dissolvia na água  se encontrava a boiar à superfície... mas, vimos quem estivesse com os pezinhos de molho naquela loção revitalizante, enquanto lia o seu livrinho à beira da piscina...). Seguiu-se a observação do pôr-do-sol nas montanhas, acompanhada de um sumo de guava fresquinho!


25 Ag. 2010, 4ªf, Duna 45

Viagem a Sossusvlei

Dia 2: Agama - Duna 45 - (Sossusvlei - Sesriem Canyon - Agama)

   Hoje a alvorada foi bem cedinho! Às 4. 30 da manhã estava tudo a sair das tendas. Até acabámos por acordar mais cedo. Ao lado do nosso acampamento estava um grupo de italianos que, assim que acordaram por volta das 4h, começaram logo a falar, a falar, a falar, ...! Portanto, já nem precisei de usar o despertador. 
   Levantei-me por volta das 4.20 e fui arranjar-me nas calmas. Gostei do facto de estar menos frio do que em Etosha! 
   Partimos do parque de campismo, rumo às dunas, por volta das 5.15-5.30 e sem tomar o pequeno-almoço. Até nem me pareceu mal, não ter direito a pequeno-almoço naquele momento, porque não tinha fome nenhuma.
   Por volta das 6h chegámos a Sesriem - o parque no qual era suposto termos passado a noite. Para conseguirmos chegar às dunas tivemos de esperar que as portas do parque abrissem. No entanto, cumprimos o nosso objectivo que era sermos os primeiros a chegar lá! 
   Saí do bus, para esticar um bocadinho as pernas e tentar tirar umas fotos, mas ainda havia pouca luz e estava tanto frio que decidi voltar para dentro.
   Decidi também comer uma pêra. Estas já ameaçavam começar a ficar com umas nódoas negras, por terem andado a rebolar pelo bus no dia anterior (esqueci-me que tinha colocado o saco das pêras aberto debaixo do meu banco e, a meio da viagem, vi algumas delas a passear pelo chão).
   Finalmente abriram as portas! O sol já tinha começado a nascer. Tenho pena de não ter conseguido ver o nascer do sol nas dunas.
   Começámos então a nossa viagem até à duna 45. Já me tinha interrogado sobre o porquê da duna se chamar "45". Até pensei, porque é que vamos à duna "45" e não vamos à "17"?  Será que todas as dunas  têm como nome um número? Afinal, o guia disse-nos que se chama assim por se encontrar a 45 km da entrada do parque.
   A meio do caminho vi um balão de ar quente a voar por cima das montanhas e das dunas (que já começavam a aparecer). Acho que deve ser magnífico andar por ali de balão! 


   Faltavam 20 minutos para as 7h quando chegámos à duna 45. Ei-la!

Duna 45
   Vista de longe, não me pareceu assim tão grande, ao contrário do que eu esperava. Mas quando cheguei ao pé dela e olhei para cima, para iniciar a minha subida,... mudei de ideias. É grande sim! (Mas há maior).


   A primeira parte da subida é a mais difícil, porque é bastante inclinada e a areia está muito solta. Então, um passo para cima é quase o equivalente a dois passos para baixo!


    Após essa fase, a inclinação já não é tão acentuada e a areia não está tão solta, sendo mais fácil subir. 
   Fui até ao cimo, parando de vez em quando, apreciando a paisagem,... dando passagem às pessoas que queriam continuar a subir (o caminho era tão estreito que quando me chegava para a beira tinha medo de me desequilibrar e ir a rebolar pela duna abaixo!).


   Quando desci, vinha um grupo de chineses, quase todos na casa dos 70, a subir a duna devagarinho, agarrados uns aos outros. Fiz-lhes um sorrisinho a encorajá-los, porque estavam na parte mais difícil da subida.
   À medida que fui descendo (tarefa bastante fácil porque a areia dá uma ajudinha) comecei a sentir os pés apertados. Cheguei cá abaixo e, tinha tanta areia dentro dos ténis, que quase nem conseguia andar! Até fiz um filme da quantidade de areia que tinha nos sapatos.



   Cá em baixo, o pequeno-almoço já estava à nossa espera. Os guias tinham ficado a fazê-lo. Hoje tivemos direito a um pequeno-almoço mais substancial. Pela primeira vez, decidi experimentar ovos mexidos e bacon ao pequeno-almoço. Resultado: depois daquele fitness todo, soube bem!
   Estávamos nós nesta tarefa, quando passou o grupo de chineses (já estavam de regresso, por isso fiquei na dúvida se teriam mesmo chegado lá acima) e, à medida que iam passando, iam olhando com muita atenção. Antes de entrarem no bus começaram a sorrir e a fazerem-nos adeus! Teve a sua graça!
   Depois de terminar o pequeno-almoço, dei uma voltinha por ali.


   Regressámos ao bus e partimos em direcção a Sossusvlei!


Solitaire e a Tarte de Maçã

   Estou a preparar-me para colocar no meu blog o dia emocionante (e cheio de fitness!) da viagem às dunas, mas lembrei-me de deixar um aparte. 
    Na segunda semana de Setembro, já eu tinha regressado à pátria, o programa "Geografia das amizades", do Gonçalo Cadilhe, foi dedicado à Namíbia. Gostei imenso de vê-lo porque estava de regresso há pouco tempo e foi óptimo ver alguns sítios por onde tinha passado e poder dizer "eu estive ali!". Foi bom recordar!
   Isto tudo para dizer que, através desse programa, tomei conhecimento que em Solitaire fazem uma tarte de maçã que parece que é muito boa! Tenho pena de não ter sido informada de uma informação tão preciosa como a existência de uma boa tarde de maçã, praticamente, no meio do nada! E pronto... fiquei a sonhar com uma tarte de maçã...
   Se lá voltar, a tarte pode ter a certeza que não me escapa. Fica a promessa!


24 Ag. 2010, 3ªf

Viagem a Sossusvlei

Dia 1: Windhoek - Agama

   Por volta das 9h iniciámos a nossa viagem.
   O grupo é constituído por 10 pessoas: 3 finlandesas que estão a estudar na Namíbia, 2 alemãs, 1 francês, 2 americanos, 1 holandesa e eu - a portuga. O nosso guia é o Pendy e o assistente chama-se Kaleb. 
   Tal como na viagem a Etosha, começámos por parar num supermercado para comprar água e o que mais quiséssemos. Desta vez, já não comprei fruta porque ainda tenho as pêras que comprei em Windhoek no Domingo. Também comprei pilhas, só por prevenção.
   Ao meio-dia parámos num dos vários locais de piquenique que vão aparecendo ao longo da estrada.
  O almoço consistiu numas sandochas com salsichas, queijo, pepino, tomate, pimento... Cada um fez a combinação que queria.
   Este grupo é ligeiramente diferente do outro, porque aqui ajudamos mais os guias a preparar as refeições.

Almoço
   Às 13h estávamos de regresso à estrada e apanhámos um caminho de terra batida, de modo a fazermos a viagem através das montanhas Eros.


   Consegui ver uma zebra de montanha, mas foi tão rápida que não consegui tirar uma foto. As zebras de montanha são diferentes das zebras de Etosha.
   Vi também 4 Damaras dik-dik! Só consegui ver um quando estive em Etosha e foi difícil porque estava muito escondido.

Damara dik-dik
   Eram quase 15h quando passámos no Trópico de Capricórnio.


   Tirar esta foto fez-me lembrar a foto que tirei na linha do Equador quando estive em São Tomé.
   Depois de cada um de nós tirar uma foto no Trópico de Capricórnio, seguimos viagem. Aqui ficam uns bocadinhos de paisagem que fomos avistando:


   Conseguimos observar o primeiro sinal de que o deserto se estava a aproximar! As areias avermelhadas começaram a aparecer:


   Por volta das 16h, chegámos a Solitaire. Acho que a decoração, com os carros velhos, lhe dá um ar bastante engraçado.


   Continuámos a nossa viagem e passado, não muito tempo, chegámos ao parque de campismo Agama. Era suposto termos ficado em Sesriem, mas, aparentemente, o parque lá está cheio e não há espaço para nós.
   Depois de montadas as tendas, fomos assistir ao pôr-do-sol. Teria sido mais bonito vê-lo nas dunas, mas foi bonito à mesma. Estive então a ver o sol a pôr-se acompanhada de um sumo de guava (goiaba). Soube mesmo bem!

   Tal como em Etosha voltei a ter uma tenda só para mim. Não é que eu não goste de companhia, muito pelo contrário (tenho estado sozinha no meu quarto em Naankuse e até sinto que gostava de ter lá mais alguém a partilhar o quarto), mas a tenda fica ligeiramente apertada com mais uma pessoa!
   Estive quase a ter uma companheira de tenda, uma das alemãs. No entanto, quando ela lá entrou,  reparou que ia ficar com os pés de fora! Fomos então perguntar ao guia se não tinha uma tenda maior. Felizmente havia uma! Já que tivemos de montar mais uma tenda, sugeri-lhe que ela ficasse naquela e eu ficava na outra e, assim, cada uma de nós tinha mais espaço.
   Fiquei assim com espaço suficiente para as minhas tralhas. Estive a arrumar a minha mala e lembrei-me que seria interessante comer um quadradinho de chocolate. Encontrei o meu chocolate todo derretido! Ainda por cima, era aquele que tinha comprado em Windhoek, no domingo, de cajus e coco! Lá me conformei, após de me ter sentido ligeiramente infeliz, porque tinha grandes expectativas naquela combinação de sabores e não tinha tido a oportunidade de provar...

   O jantar estava bom. Foi esparguete à bolonhesa.
   Agora são horas de ir lavar os dentes e "chichi cama", porque amanhã a alvorada é às 4.30!
   Vou só deixar uma última nota de que as casas-de-banho são muito giras. A parte de cima é aberta, então tomei banho a ver as estrelas! =)