6ªf, 26 Ag. 2011

Benguera e Magaruque

Ontem no backpackers conhecemos um casal de italianos e combinámos ir ver algumas ilhas do arquipélago de Bazaruto no dia seguinte. Claro que, primeiro, teríamos de negociar o preço. 
De manhã, após duas torradas e um sumo de laranja (o meu pequeno-almoço) e duas torradas com feijão e ovos mexidos (o pequeno-almoço da rapariga do Texas), fomos com os italianos ao Dolphin Dhow que realiza viagens às ilhas.


Ficou então combinado irmos primeiro a Benguera e depois a Magaruque onde faríamos snorkeling e almoçaríamos  (almoço incluído).
Lá fomos nós num barquinho azul de madeira com motor até Benguera. Chegámos na altura em que os pescadores estavam a tirar as redes com peixe da água.

Benguera




Fomos também de barco até ao outro lado de Benguera e vi uma praia daquelas que na minha cabeça só existiam graças ao Photoshop. Mas, não! Era mesmo realidade e estas praias existem mesmo! A areia era branca e muito fina e a água calma e muito azul. Um mar assim estava mesmo a pedir um banho e, com tanta beleza, nem me importei que a água estivesse fria (claro que em Portugal tomo banhos em águas muito mais frias e não me queixo nada, nesses dias até digo: "A água hoje está boa!").

O outro lado da ilha Benguera.
Penso que Magaruque é um bom local para snorkeling, porque há uma fileira de rochas junto à ilha onde os peixes ficam presos de manhã quando a maré baixa e, assim, é possível ver uma boa parte da fauna que por ali nada. No entanto, como chegámos a Magaruque ao final da manhã, já a maré tinha começado a subir e parte dos peixinhos já tinha ido à sua vida do lado de lá das rochas. Mas isto não me impediu de calçar as barbatanas, pôr os óculos e mergulhar, na esperança de ver algum espécimen interessante. Acabei por apenas ver peixes cinzentos.
O almoço feito pelos nossos "guias" estava bom. Havia caldeirada de peixe e caranguejos cozidos.
Entretanto, por volta das 15h começou a levantar-se um vento e, passado talvez 1h, regressámos a Vilanculos.

Até Vilanculos

5ªf, 25 Ag. 2011

Ontem confirmei que o barco que vai para Maxixe começa a funcionar a partir das 5.30, sendo o último às 21h. Senti um alívio porque estava a custar-me pensar que ia ter de me levantar cedíssimo, ainda de noite, para conseguir apanhar o barco para Maxixe. Isto porque, no meu guia vem referido que o barco parte por volta das 5.30-6.00. No entanto, isto é relativo aos dhows - as embarcações típicas. Mas, depois da experiência de ontem no barco, acho que prefiro algo mais compacto para não sentir tanto as ondas.
Levantei-me às 6h, arranjei-me nas calmas e fui tomar o pequeno-almoço. Servindo-me da desculpa de que ia ter uma longa viagem pela frente, decidi experimentar os crepes que servem no Fátima's. Já tinha visto muita gente a pedi-los e eles já me tinham piscado o olho. Pedi um de banana e estava muito bom. 

Crepes de banana no Fátima's, Tofo.
Já com a mochila às costas e, após ter entregue a chave do quarto, pus-me a caminho. 
Tinha ainda andado pouco quando oiço chamar por mim, olho para trás, e vejo uma rapariga a correr na minha direcção. Também ela estava de mochila às costas e disse-me que ia para Vilanculos. Lembrei-me de já a ter visto no passeio de barco e, tal como eu, enjoou. Já tínhamos duas coisas em comum!
Como tínhamos as mochilas, a viagem de chapa até Inhambane ficou em 25 Mtn e, assim que chegámos, apanhámos o barco para Maxixe. Dentro do barco senti-me quase como se estivesse no interior de uma igreja... só faltava estarmos de joelhos a rezar. 

No interior do barco para Maxixe. A minha amiga do Texas, que conheci no Tofo, em sofrimento devido ao enjoo .
Chegada a Maxixe.
Apanhámos o chapa para Vilanculos por 250 Mtn e a viagem durou 4h. Eu já não encontrava a posição ideal para estar sentada. Mais uma vez, íamos 4 num banco de 3 com uma data de coisas no chão e, ainda por cima, o chapa estava a aquecer muito e as minhas pernas já ferviam. De facto, algo não estava bem com o chapa porque quando parava era necessário empurrá-lo para voltar a pegar. Aliás, o condutor adoptou a técnica de nunca parar! Em cada paragem andava muito devagarinho e as pessoas e malas iam entrando com o chapa a andar muito, muito devagarinho, enquanto o condutor gritava para se despacharem porque tinha de andar mais depressa. Mas, chegámos lá! 
Ficámos num dormitório no Zoombie Cucumber Backpacker's. Gostei muito deste backpackers, era calmo e tinha um ambiente muito agradável. 

Zoombie Cucumber Backpacker's



Fomos almoçar ao restaurante Tizé. Só tinham peixe vermelho, que podiam fazer com batatas fritas (o acompanhamento é sempre batatas fritas). Foi isso que marchou mais uma garrafa de Laurentina e estava bem bom! 
Entretanto, à saída do restaurante, uns rapazes meteram conversa connosco e acabámos por nos sentar na mesa da esplanada onde eles estavam a beber umas cervejas. Quando nos viram ainda pediram mais umas, apesar de gentilmente recusarmos. Acabei por experimentar Laurentina preta misturada com 2M clara e fica interessante. Parece-me que a Laurentina preta tem um ligeiro sabor a café. 
O sol já se estava a pôr quando regressámos ao backpackers e foi tempo de descansar e ir dormir cedo, cheia de repelente, e debaixo da rede mosquiteiro.