De manhã cedinho, às 7h depois de já ter tudo pronto e já ter colocado a mala junto à Food Prep, começaram as despedidas. A Alessa tinha-me feito prometer que a acordava para nos despedirmos. Lá me enchi de coragem, por me custar acordá-la, e bati à porta... Claro que acordei o quarto inteiro e acabei por me despedir de toda a gente.
Àquela hora, já havia umas quantas pessoas a levantarem-se porque o trabalho começava às 8h. Por isso, fui avançando de quarto em quarto e, naqueles que já tinham a porta aberta, disse uns "até à próxima" com abraços. Desejei as melhoras à Stephanie a quem tinha doado a minha Mebocaína Forte.
Estava quase a chegar ao meu quarto (que era o último), quando vejo o Sylvie a comer a pêra que eu tinha deixado no chão à entrada do quarto, com esperança que ele a encontrasse. Fiz-lhe então uma festa de despedida.
A viagem Windhoek - Luanda foi um pouco atribulada! Houve turbulência durante uma grande parte da viagem, logo desde que o avião levantou. Lá ia eu no meio de uns "Minha nossa senhora", "Meu Deus", "Jesus", uns rapazes a rir de forma histérica, umas senhoras com mais idade a pouco de terem um ataque, umas rezas,... quase que estava prestes a também mostrar o meu lado mais religioso. Durante a refeição também houve alguma turbulência, mas mais suave. Aquilo lá acalmou e quando chegámos a terra, houve quem fizesse logo agradecimentos a Nosso Senhor por todos termos chegado bem. Desejei imediatamente que o voo para Lisboa não fosse assim, aquilo já era emoção a mais!
Depois de tanta turbulência, saí do avião toda regalada a pensar que podia ter a sorte de ficar novamente à espera do meu voo, que era só à noite, na sala executiva. Pensei que ia descansar naqueles sofazinhos confortáveis, ver uma televisãozinha, comer uns bolinhos,... Ora aqui esteve a minha sala executiva:
Com umas cadeirinhas azuis do melhor!
Lá me apercebi que, para eles, transito Luanda - Lisboa, é algo que deve ser bastante normal. Daí ter ficado à espera do voo para Lisboa na sala de espera 'normal'. Mais tarde apareceram mãe e filha portuguesas e estivemos um bocadinho à conversa.
De vez em quando, lá aparecia um segurança e perguntava para onde eu ia e dizia que já ia tratar daquilo... Por volta das 17h apareceu uma segurança e disse que nos ia levar, às três, para a sala de embarque. Eis que ela repara que eu ainda tenho a mala de porão comigo! E perguntou-me porquê! E eu sabia lá... Mandaram-me esperar e eu esperei. Resultado, ela chegou à conclusão que se tinham esquecido de ir ter comigo e tratar da minha mala. Mandou então a mãe e filha com outro segurança para a sala de embarque e foi fazer o check-in comigo para despachar a minha mala. Ela foi muito simpática e até senti pena porque o segurança do detector de metais ainda refilou com ela por estarmos a passar ali, porque, supostamente, eu por ser transito já não podia estar a passar ali. Claro que a falha não foi dela, mas ela é que acabou por ouvir. Lá passei no detector de metais e, finalmente, fui para a sala de embarque.
A primeira coisa que fiz foi beber um café! Mesmo tendo de pagar 2 €!
Lá regressei às origens! Cheguei a Lisboa por volta das 5 da manhã do dia 31 de Ag. e já nem fui dormir. Passei o resto do dia a relatar a minha experiência namibiana à casa toda!